A arquitetura românica é o estilo arquitectónico que surgiu na Europa, mais precisamente no Ducado da Normandia, no século X, fortemente inspirado na Arquitetura da Roma Antiga Republicana (509 a.C. - 27 a.C.) e que depois evoluiu para o estilo gótico por volta do ano 1100. Caracteriza-se por construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos e invasões bárbaras.
Anteriormente o período que compreendia a Arte Românica era muito amplo, e hoje aplicamos a designação de Românico para o período entre o século XI e o século XIII.
Com a instituição da fé católica romana, uma onda de construção de igrejas varreu a Europa feudal de 1050 a 1200. Os construtores tomaram elementos da arquitetura romana, como colunas e arcos redondos. No entanto, como os prédios romanos tinham tetos de madeira, fáceis de incendiarem, os artesãos medievais passaram a fazer os tetos das igrejas com abóbadas de pedra. Abóbadas essas que podiam ser cilíndricas ou com arestas apoiadas em pilastras o que resultava em grandes espaços, livres de colunas e obstáculos.
Nesse período a peregrinação estava muito em moda e a arquitetura das igrejas era adequada para receber as multidões de visitantes. A sua planta cruciforme, com longa nave atravessada por um transepto mais curto, simbolizando o corpo de Cristo crucificado.
O exterior das igrejas românicas é bastante despojado, exceto pelos relevos esculturais em volta do portal principal.
As características mais significativas da arquitetura românica são:
abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
pilares maciços e paredes espessas;
aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
torres que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada;
arcos em 180 graus.
A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das ideias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade.