Os dois amigos subiram a bordo da nau do Vasco da Gama, que era a “São Gabriel”. Ao lado, seguiam a “São Rafael”, comandada pelo seu irmão, Paulo da Gama, e a “São Miguel”, uma nau de transporte de mantimentos.
Chegados à nau, içaram o pequeno barco à vela para dentro da nau e foram para o camarote do Vasco da Gama agasalhar-se numas mantinhas. Estavam sãos e salvos, finalmente.
De repente, começaram a ouvir bastante barulho na proa do barco e decidiram ir ver o que se passava. Tinha-se aproximado uma quarta nau. Felizmente, a tempestade já tinha desaparecido e estava sol. O Vasco da Gama conversava com outro homem, também com barba, ainda que mais pequena, e também com um chapéu esquisito.
– Pedro Álvares Cabral, vais de viagem para o Brasil? – cumprimentou o Vasco da Gama.
– Vou ver como anda o meu povo por lá. Hoje fez tempestade, foi um bom dia para sairmos todos e navegarmos por estes mares. Penso que o Bartolomeu Dias ia finalmente navegar até ao Oriente. Vais cruzar-te com ele certamente – respondeu o Pedro Álvares Cabral.
– Bons ventos nos levem! – respondeu o Vasco da Gama, acenando ao amigo.
– Carolina, mais fantasmas históricos! Acho que estou a sonhar! Belisca-me – sussurrou o Rafa.
Estes três navegadores portugueses de que fala a nossa História navegaram pelo Oceano Atlântico à descoberta de novas terras na era dos Descobrimentos Portugueses. Vasco da Gama descobriu a Índia a 20 maio de 1498, Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil a 22 abril do ano de 1500 e Bartolomeu Dias havia dobrado o Cabo das Tormentas a 3 de fevereiro de 1488, abrindo o caminho para Vasco da Gama descobrir a Índia.