Na torre da Igreja de S. Pedro soavam as doze badaladas da
meia - noite e misteriosas espalhavam-se pela Praça, deserta e escura há muito tempo.
O vento uivava e uma espécie de lâminas desprendidas das árvores redopiavam como borboletas desconcertadas. Primeiro formavam círculos quase perfeitos, depois uma espiral comprida erguia-se para o céu e lançava as folhas em todas as direções. A trovoada estrondava cada vez mais perto das casas. E toda a gente escondia a cabeça debaixo dos cobertores.